Abordagem do Seas permite reinserção familiar de casal em situação de rua
A abordagem realizada pelo Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), permitiu que um casal em situação de rua reencontrasse a família, que reside em Iguape.
O casal era frequentemente abordado, desde 2015, na região da Paulista, pela equipe do Seas. Usuário de drogas, ele, que é piracicabano, sempre foi receptivo, mas não aceitava ser encaminhado para os serviços da rede socioassistencial disponíveis. Ela, que é de Iguape, sempre foi arredia e só aceitou dar seu nome completo quando foi acometida pela tuberculose. Muito debilitada, foi internada para tratamento, após uma ação conjunta do Seas, Consultório na Rua (CnRua) e Samu.
Com o nome dela em mãos, a busca pela família começou a tomar forma e a equipe conseguiu localizá-los pelo Cadastro Único, no município de Iguape/SP. “Realizamos contato com a prefeitura e assistência social, que atendeu a família e verificou que a genitora desejava rever a filha, que há seis anos havia perdido contato, após internação em Comunidade Terapêutica em Piracicaba. Inclusive o filho dela a conhecia apenas por foto”, relata Douglas Galvão, coordenador técnico do Seas.
Diante da receptividade da mãe, articulou-se a vinda dela a Piracicaba para que reencontrasse a filha, que já havia recebido alta médica e estava em uma pensão. No reencontro com mãe, ela e ele quiseram retornar para Iguape. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes) disponibilizou a compra das passagens e o Seas acompanhou os três até a delegacia para boletim de ocorrência de perda do RG dela, para que eles pudessem pernoitar no Albergue. No outro dia, todos foram levados pelo CnRua até a rodoviária e de lá foram para Sorocaba, onde o município de Iguape articulou o transporte para o retorno.
“Já temos notícias que ela está residindo com o filho, familiares e o companheiro, e até o momento não recaíram no uso de drogas.”
SEAS – O Serviço Especializado em Abordagem Social, serviço da Semdes em parceria com o Centro Regional de Registro e Atenção aos Maus Tratos na Infância (Crami) é realizado por equipe técnica especializada em identificar a presença de pessoas em situação de rua no município e ofertar serviços da rede da assistência social e demais políticas públicas. O Serviço realiza a busca ativa nos territórios onde há incidência de trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação de rua, dentre outras. Dentre seus objetivos está a promoção de ações para reinserção familiar e comunitária. Numa perspectiva de rede, sempre trabalha em parcerias com outros serviços socioassistenciais e de saúde, como o Centro Pop e o Consultório na Rua, por exemplo.