Exibição do Filme Zona de Interesse e debate

A Biblioteca Pública Municipal Ricardo Ferraz de Arruda Pinto, espaço mantido pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura, exibe no dia19/02, às 19h, o filme Zona de Interesse, seguido de um debate sobre a banalização da violência. A atividade integra o Projeto Sublimação – Arte e Psicanálise, do psicanalista Fábio Augusto Pucinelli, que irá conduzir o debate.

Desde 2014, o Sublimação proporciona encontros que unem arte e psicanálise, criando um espaço de diálogo sobre diferentes manifestações artísticas – do cinema à literatura, das artes visuais à música. A iniciativa, conduzida por psicanalistas e convidados, busca ampliar a compreensão do público por meio da troca de percepções e reflexões.

“O filme nos confronta com uma questão crucial: será que podemos nos tornar indiferentes ao sofrimento alheio? Ao acompanhar essa narrativa, percebemos como a violência pode se naturalizar no cotidiano e se tornar invisível. Esse encontro é um convite para pensarmos sobre o que nos afeta e o que escolhemos não ver”, destaca o psicanalista Fabio Augusto Pucinelli.

Nesta edição, o debate abordará questões provocativas: estamos nos acostumando com o inaceitável? O que consumimos e reproduzimos sem perceber? A conversa busca lançar luz sobre esses aspectos e aprofundar a reflexão sobre o impacto da cultura e da psicanálise no olhar que lançamos sobre o mundo.

O FILME – Zona de Interesse, longa-metragem britânico dirigido por Jonathan Glazer, é baseado no romance homônimo de Martin Amis (2014), é um drama histórico ambientado na Segunda Guerra Mundial. O filme acompanha Rudolf Höss (Christian Friedel), comandante de Auschwitz, e sua esposa Hedwig (Sandra Hüller), que levam uma vida aparentemente pacata em uma casa com jardim, sem se afetar pelo horror que acontece ao lado, no campo de concentração. Premiado no Festival de Cannes e indicado ao Oscar em cinco categorias, incluindo Melhor Filme, o longa aborda o nazismo sob uma perspectiva singular e perturbadora, explorando como a violência pode ser banalizada e invisibilizada no cotidiano.