Piracicaba está bem posicionada em relação à média nacional e estadual do IVCAD (Índice de Vulnerabilidade das Famílias do Cadastro Único). Os dados, divulgados pelo Observatório do Cadastro Único, do Governo Federal, indicam que o índice do município é 0,29, abaixo do índice nacional de 0,33 e do estado de São Paulo, que é de 0,31.
Os dados do IVCAD permitem sintetizar as dimensões das situações de vulnerabilidades sociais com base em 40 indicadores, considerando famílias com cadastro atualizado em até dois anos e com renda mensal de até meio salário-mínimo por pessoa. Ele resulta da média dos índices das dimensões, variando entre 0 e 1, sendo que, quanto maior a vulnerabilidade social, mais próximo de 1 será seu resultado.
Na dimensão Desenvolvimento na Primeira Infância (DPI), que identifica vulnerabilidades em famílias com crianças de 0 a 6 anos, como a não frequência em creches ou pré-escolas, o índice da cidade é de 0,06, abaixo do nacional (0,08) e do estadual (0,07). O DCA3 (Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes) fora da escola, em idade entre 7 e 17 anos, aponta 0,7, contra 1,3 no Brasil e 0,9 no estado.
A dimensão Trabalho e Qualificação de Adultos (TQA), que identifica vulnerabilidades relacionadas à qualificação e inserção no mercado de trabalho de adultos de 18 a 59 anos aponta índice de 0,60, abaixo de 0,65 do Brasil e 0,61 do estado. Em Disponibilidade de Recursos (DR), Piracicaba tem 0,50, enquanto São Paulo é de 0,62 e Brasil, 0,64. O mesmo se aplica à dimensão de Condições Habitacionais (CH), onde o município apresenta indicadores de 0,11, contra 0,17 em nível de Brasil e 0,12 no estado de São Paulo.
Jamyle Martins de Sousa, coordenadora da Vigilância Socioassistencial da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads), explica que o índice permitirá otimizar as políticas de proteção social, direcionando um atendimento mais assertivo em relação às necessidades dos cidadãos. “Apesar de Piracicaba estar em posição relativamente favorável no IVCAD, há necessidade de seguir com o monitoramento para melhorar as condições de vida da população e reduzir ainda mais as vulnerabilidades sociais no município”, conclui.