A campanha de vacinação antirrábica, realizada pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), na zona rural, de 27 de maio e 29 de julho, superou a meta. Estava prevista a imunização de 10 mil animais, com base no que ocorreu em 2016, mas foram vacinados10.652, sendo 8.879 cães e 1.773 gatos. O aumento corresponde a 4,8% em relação à campanha do ano passado. O número de gatos protegidos também cresceu expressivamente. Em 2016 foram vacinados 1.578. Este ano, 1.773, o que representa aumento de 11,7%. Em relação a 2015, quando o CCZ vacinou 1.450 felinos, crescimento equivalente a 18%, comparado com este ano. Já a população de cães atendida teve uma oscilação menor, de 3,5%, visto que em 2016 foram imunizados 8.573 animais. De acordo com o médico veterinário, Paulo Lara, coordenador da campanha antirrábica, o aumento do número de animais vacinados demonstra a eficiência da campanha. “Porque vacinamos de casa em casa e trabalhamos com uma população tradicional. Ou seja, não costuma haver muita oscilação no número de animais. Se houve essa variação, significa que as famílias estão mais atentas sobre a importância do serviço e dando valor à imunização, principalmente no que se refere aos gatos. Porque não é fácil encontrar o animal no momento em que os técnicos do CCZ estão a postos. Isso só é possível com a colaboração decisiva e preliminar da família”, explicou. Paulo Lara destacou a importância da vacinação antirrábica frente ao índice de morcegos diagnosticados com a doença somente no primeiro semestre deste ano. “Registramos 5 casos de morcegos com raiva. Está certo que se tratam de animais encontrados caídos na zona urbana, mas dá uma dimensão de que casos similares possam estar acontecendo na zona rural, mas que não estão sendo notificados, devido à sua grande extensão e baixa densidade demográfica. A única arma que temos para combater a doença, nesse caso, é a vacinação dos animais”, destacou. FEBRE AMARELA – Junto com o serviço de vacinação, o CCZ também desenvolveu amplo trabalho para saber, junto à população rural, se tem havido o avistamento de macacos em áreas de mata e se alguém já havia encontrado algum morto ou com alteração no comportamento, característica de febre amarela. Foram investigadas 76 áreas e em apenas 6 delas foram registradas presenças de macacos, especialmente saguis, todos saudáveis. “A maior concentração desses animais está na região do bairro Tupi, nas proximidades e no próprio Horto Florestal”, disse Paulo Lara. Segundo o médico veterinário, esse diagnóstico foi muito importante, porque não tínhamos o conhecimento seguro de como eles circulam pelas matas da nossa cidade. Agora, sabendo que se concentram nessa área verde fica mais fácil o monitoramento”, concluiu.