A Prefeitura encaminha hoje (30) o projeto do Orçamento do Município de Piracicaba, para o exercício financeiro de 2011, que orça a receita e fixa a despesa em R$ 890.673.708,00, com crescimento de 3,6% em relação ao projetado na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias 2011), que era de R$ 859.758.179,00. A elevação da projeção deve-se ao crescimento do PIB no 2º semestre de 2010 e seus reflexos nas principais receitas do município. O Orçamento Global é composto por órgãos da Administração Direta e Indireta. Na Administração Direta estão incluídos a Câmara Municipal, a Procuradoria Geral, a Guarda Civil e as secretarias municipais. Já na Administração Indireta estão incluídos o Serviço Municipal de Água e Esgoto de Piracicaba, a Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba, o Instituto de Pesquisa e Planejamento de Piracicaba, o Instituto de Previdência e Assistência Social dos Funcionários Municipais de Piracicaba e a Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba. O Orçamento 2011 está composto da seguinte maneira: I – RECEITAS:

ÓRGÃO 2011 %
1. Administração Direta 717.777.718,00 80,6
Prefeitura 717.777.718,00 80,6
2. Administração Indireta 172.895.990,00 19,4
Fundação Municipal de Ensino 21.816.270,00 2,4
SEMAE 95.519.720,00 10,7
EMDHAP 16.700.000,00 1,9
IPASP 38.850.000,00 4,4
IPPLAP 10.000,00 0,0
Total do Município 890.673.708,00 100,0

II – DESPESAS POR ÓRGÃOS DE GOVERNO: 1.1 ADMINISTRAÇÃO DIRETA

Administração Direta (Prefeitura e Câmara) 2011 %
Câmara Municipal 18.613.000,00 2,6
Governo 5.291.000,00 0,8
Procuradoria Geral 14.306.000,00 2,0
Semad 18.564.300,00 2,6
Finanças 42.525.000,00 6,0
Educação 162.477.620,00 23,1
Semob 40.255.000,00 5,7
Semdes 21.029.004,00 3,0
Sema 12.067.000,00 1,7
Sedema 52.596.500,00 7,5
Semac 10.880.500,00 1,5
Setur 5.006.000,00 0,7
Saúde 208.675.000,00 29,6
Semutri 10.070.000,00 1,4
Guarda Civil 20.597.000,00 2,9
Semuttran 20.551.000,00 2,9
Semdec 23.529.000,00 3,3
Selam 13.290.000,00 1,9
Semtre 3.514.294,00 0,5
TOTAL → 703.837.218,00 100

1.2 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

ÓRGÃO 2011 %
EMDHAP 22.975.000,00 12,3
IPASP 47.150.000,00 25,2
IPPLAP 1.280.000,00 0,7
SEMAE 93.615.220,00 50,1
FUMEP 21.816.270,00 11,7
TOTAL → 186.836.490,00 100,0
TOTAL GERAL DO ORÇAMENTO DO MUNICÍPIO 890.673.708,00

RECEITAS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA A Receita Total da Administração Direta para 2011 é de R$ 717.777.718,00, com crescimento nominal de 3,6% em relação à Receita Total prevista na LDO 2011. As cinco principais receitas tributárias e de transferências (ICMS, ISSQN, IPVA, IPTU e FPM) representam o montante de R$ 496.800.000,00, que correspondente a 69,2% de toda receita, as quais vêm apresentadas da seguinte forma:

Previsão de Arrecadação Anual – LOA 2011 – Principais Receitas
Receita ICMS ISSQN IPVA IPTU FPM TOTAL
Valor/ano 262.000.000 87.300.000 57.000.000 48.500.000 42.000.000 496.800.000

O Fundo Municipal de Saúde que recebe recursos vinculados do Ministério da Saúde tem sua receita estimada em R$ 78.000.000,00, representando 10,9% do total das receitas e, o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico – FUNDEB tem sua receita estimada em R$ 74.000.000,00, representando 10,3% do total das receitas previstas. Todas as demais receitas no valor de R$ 68.977.718,00, representando 9,6% do total previsto. DESPESAS DO MUNICÍPIO As Despesas Totais do Município, distribuídas entre Despesas Correntes e Despesas de Capital, somam R$ 890.673.708,00 e contém gastos, tais como: Pessoal e Encargos Sociais, Serviço da Dívida, Outras Despesas Correntes e Investimentos em obras e equipamentos, alocados entre os diversos programas do governo municipal. DESPESAS DA ÁREA SOCIAL DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA O Total Geral das Despesas da Prefeitura para 2011 é de R$ 685.224.218,00 e dentro das secretarias, merece destaque especial, o orçamento da Secretaria Municipal de Saúde, que atinge em valores nominais o maior orçamento já previsto – R$ 208.675.000,00 – mostrando a preocupação da atual administração na priorização de investimentos em infra-estrutura, recursos humanos, medicamentos e insumos necessários para o desenvolvimento de projetos e atividades voltados à saúde pública. O orçamento da Secretaria Municipal de Saúde representa, em 2011, 30,5% do Total Geral das Despesas da Administração Direta (excluído Câmara Municipal), e em apenas 7 (sete) anos, quase que triplicou, era R$ 70,0 milhões em 2004 e passa a R$ 208,6 milhões em 2011, um crescimento expressivo em termos percentuais de 198,0%, conforme podemos constatar a seguir: Orçamento Inicial Proposto – inclusive Fundos Próprios Despesas Secretaria Municipal de Saúde – 2004 a 2011

Ano Valor Loa inicial
2004 R$ 70.014.000,00
2005 R$ 82.243.070,00
2006 R$ 91.698.000,00
2007 R$ 101.919.000,00
2008 R$ 119.616.808,00
2009 R$ 144.635.000,00
2010 R$ 176.740.000,00
2011 R$ 208.675.000,00

As despesas com a manutenção e desenvolvimento do ensino também merecem um destaque especial, o orçamento da Secretaria Municipal de Educação é de R$ 162.477.620,00 em 2011, um crescimento de 18,6% em relação à 2010 (R$ 136.955.400,00). Os orçamentos das secretarias municipais de Esporte (SELAM), da Ação Cultura (SEMAC) e do Desenvolvimento Social (SEMDES) tiveram crescimentos expressivos entre os anos de 2005 a 2010 e continuam a crescer em 2011, demonstrando grande preocupação da Administração com gastos da área social. As secretarias da Ação Cultural e de Esportes, por exemplo, tiveram um crescimento de 283,0%, nesse período. No conjunto, os orçamentos dessas secretarias sociais cresceram 200,2% em relação aos últimos seis anos, cuja composição detalhamos no quadro a seguir: Orçamento Inicial Proposto – inclusive Fundos Próprios Secretarias Selecionadas – 2005 a 2011 (R$)

SECRETARIA 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
SELAM 3.616.850 6.990.000 8.138.943 8.388.200 9.292.000 10.097.000 13.290.000
SEMAC 2.693.201 3.784.000 4.811.000 5.975.000 6.900.200 9.485.500 10.880.500
SEMDES 9.913.598 12.653.266 13.895.030 15.572.500 17.213.398 18.474.563 21.029.004
SEMTRE 1.260.000 2.793.000 2.960.500 3.514.294
TOTAL 16.223.649 23.427.266 26.844.973 31.195.700 36.198.598 41.019.573 48.713.798

A SITUAÇÃO ATUAL E AS RESTRIÇÕES IMPOSTAS PARA 2011 De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e cônscia de sua responsabilidade social, a Administração Municipal vem agindo decisivamente na busca do equilíbrio financeiro, desencadeando um amplo processo de readequação, contenção de despesas, racionalização de gastos e ampliação das suas receitas para os exercícios financeiros seguintes. Em 2010, manteve-se a política de contenção de despesas, com o contingenciamento de despesas de custeio e investimentos, controle na realização de horas extraordinárias, o estabelecimento de quotas máximas para o consumo de combustíveis e avanço no processo de modernização de compras. Em 2011, a Prefeitura manterá a mesma política, principalmente para fazer frente ao aumento do custeio, devido às novas contratações de servidores previstas para as áreas de educação e saúde e do aumento da manutenção de áreas públicas, serviços de limpeza, combustíveis, iluminação pública, medicamentos e outros, sem qualquer prejuízo nos projetos sociais em andamento no Município. Do lado das receitas, a Administração Municipal no exercício de 2011 irá intensificar ações que objetivam, em primeira instância, aumentar o potencial de arrecadação do município, através de um processo de ampliação de bases cadastrais, especificamente, no que se refere ao ISSQN e ao IPTU. Em segundo lugar, a municipalidade objetiva manter a atual política de recuperação de ativos financeiros inscritos em Dívida Ativa, de forma a garantir a justiça fiscal, necessária, tanto ao equilíbrio das contas públicas quanto ao princípio da moralidade frente à maioria dos contribuintes adimplentes com o fisco municipal. A Secretaria de Finanças destaca alguns dos projetos previstos pela Administração Direta e Indireta, que concentram a maior parte dos investimentos previstos no orçamento de 2011, merecendo destaque o impacto da construção do Hospital Regional (R$ 20 milhões), o fomento ao desenvolvimento de moradias populares pela Emdhap (R$ 15,5 milhões), a implantação do parque automotivo (R$ 15 milhões), construção de escolas de ensino infantil e fundamental (R$ 12,8 milhões) etc.