O Teatro Municipal Erotides de Campos, no Parque do Engenho Central, será palco amanhã, 30/03, do espetáculo Memória Musical Caipira, que propõe um resgate histórico de composições criadas entre 1913 e 1932 por autores do interior paulista, como Belmácio Pousa Godinho (1892-1980), Benedito Dutra Teixeira (1892-1962) e Tristão Júnior (1880-1935), entre outros. A entrada para esta apresentação única é gratuita, mediante entrega de um quilo de alimento não perecível.

Memória Musical Caipira reuniu 20 músicos para execução do projeto | Foto: Robson PeqnoH

O projeto é realizado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio do ProAC (Programa de Ação Cultural) e tem apoio da Prefeitura de Piracicaba, por meio da Semac (Secretaria Municipal da Ação Cultural).

Memória Musical Caipira terá a participação de 20 músicos, que se alternam no palco em distintas formações (regional, serenata, cordas e banda) e se apresentarão todos juntos no encerramento. O repertório conta com 15 canções, apenas parte das obras que compõem o projeto como um todo.

Realizado durante quase dois anos e fruto da pesquisa e direção musical de Saulo Ligo e coordenação de André Bertini, ambos também compositores, as gravações e as recriações das 45 peças que compõem o projeto envolveram mais de 40 profissionais diretos, entre músicos, técnicos e profissionais de diversas áreas.

O diretor André Bertini conta que Memória Musical Caipira reúne autores centenários que possuíram uma forte relação com Piracicaba. “Obras que estavam guardadas durante mais de 100 anos, em sua maioria ainda inéditas, de Benedito Dutra Teixeira, Tristão Júnior, Belmácio Pousa Godinho, entre outros, foram arranjadas pelo maestro Marco Abreu e serão executadas por um timaço de músicos da região, com as presenças especialíssimas de Alessandro Penezzi, Leandro Tigrão e Rafael Toledo”.

Bertini também afirma que o público que comparecer ao Teatro Engenho nesta quinta-feira terá gratas surpresas. “Vai ser uma noite para viajarmos ao passado, revisitarmos nossas raízes e sairmos de lá com a certeza de que essa terra sabe fazer música há muito tempo e tem uma história musical riquíssima pra contar”, ele completa.

Além da apresentação de amanhã, 30/3, no Teatro Erotides de Campos, o Memória Musical Caipira fará uma série de lançamentos, previstos pra maio deste ano, como uma coletânea de três álbuns com composições que exploram a valsa, polca, mazurca, schottisch e choro num diálogo com o romântico brasileiro, o modernismo e a Belle Époque, um songbook com a editoração das partes das 45 obras gravadas e os respectivos playbacks e um documentário com o registro das cenas do processo de pesquisa, do levantamento de repertório, da criação dos arranjos e da gravação da coletânea em estúdio.

Maestro Marco Abreu é o arranjador de todas as obras do Memória Musical Caipira | Foto: Robson PeqnoH

Os arranjos das 45 obras foram criados pelo maestro Marco Abreu. Participam das gravações 20 músicos, todos vinculados à cena musical piracicabana, além das participações especiais dos músicos Alessandro Penezzi, Nailor Proveta e Rafael Toledo.

As músicas foram gravadas, mixadas e masterizadas por Celso Rocha, com a consultoria técnica de gravação de Amaro Moço, técnico com décadas de experiência nos estúdios da Odeon e Accari. A produção audiovisual foi coordenada por Bruna Epiphanio e o projeto gráfico foi de Diógenes Moura.

SERVIÇO – Memória Musical Caipira. Amanhã, 30/03, às 20h, no Teatro Municipal Erotides de Campos. Na avenida Maurice Allain 454 – Parque do Engenho Central. Entrada gratuita mediante entrega de um quilo de alimento não perecível. Informações: 3403-2600. Saulo Ligo e André Bertini definem obras do espetáculo Memoria Musical Caipira | Foto: Robson PeqnoH