Exposições fotográficas Fome e Refúgio e Ódio ou Convivência

O Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes, órgão mantido pela Prefeitura de Piracicaba, por meio da Semac (Secretaria Municipal da Ação Cultural), em parceria com a iniciativa sem fins lucrativos Rede Acampa pela Paz e o Direito a Refúgio – Brasil, abre no dia 23/03, as exposições fotográficas Fome e Refúgio e Ódio ou Convivência. A inauguração será às 10h e a entrada é gratuita. A Visitação, após a inauguração, será de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, sábados e feriados, das 10h às 14h, até 27/04.

Serão expostos 20 trabalhos de destacados fotógrafos brasileiros, sul-americanos e europeus, com obras cujos temas revelam a gravidade da situação das pessoas em situação de refúgio e migração, mostrando com quão pouco vivem e como são submetidas à violência e à opressão.

A coordenadora da Rede Acampa Brasil, Célia Regina Rossi, fala sobre a importância de refletir sobre o tema por meio destas exposições no Museu Prudente de Moraes.

“No Brasil, sabemos que mais de 33 milhões de pessoas vivem, atualmente, em situação de insegurança alimentar, desigualdade e completamente fragilizadas. Assim, trazer a exposição Fome e Refúgio é visibilizar a grave situação que assola milhões de pessoas, para que se possa refletir e atuar para mudar essa tragédia que tanto aflige a sociedade atual”, ela afirma.

Já a exposição Ódio ou Convivência retrata os preconceitos, violências e conflitos entre grupos, assim como os problemas econômicos, desigualdades e turbulências e promessas políticas que frustram a população.

“O ódio é aprendido, pelo que é possível reaprender a respeitar, a amar e a viver em harmonia com o diferente. O respeito, a empatia e a solidariedade são alguns valores essenciais que impedem o surgimento e a proliferação de preconceitos que sustentam as diversas formas de violência e ódio. Nesse sentido, os espaços educacionais, tais como escolas, museus, centros de convivência ou centros de exposições, atuam na prevenção, no conhecimento, na reflexão e no entendimento de como a fome, a violência, a desigualdade e o ódio têm um efeito nocivo na forma de pensar e agir, mutilando os direitos humanos”, completa Célia.

FUNÇÃO SOCIAL DO MUSEU – Para Ana Torrejais, diretora do Museu Prudente de Moraes, trazer exposições com temas sociais é uma das funções destes espaços culturais. “Além de fins pedagógicos e sociais, agora também se propõem como instituições inclusivas, a serviço da comunidade em que atuam”, disse. Segundo Ana, essa mudança de paradigma busca aproximar a instituição da sociedade, criando condições de uma convivência mais estreita. “No passado, os museus eram vistos como instituições hegemônicas, por isso é importante que tenhamos condições de participação da comunidade”, acrescenta.