Trinta e nove pequenas, médias e grandes empresas do setor metal-mecânico de Piracicaba e região, ligadas a área sucroalcooleira, foram ouvidas por técnicos do Sebrae- Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, em agosto, para diagnosticar a potencialidade industrial e perspectivas de crescimento visando, principalmente, a conquista do mercado externo. Juntas, as empresa têm 11.500 empregados.
Os resultados da pesquisa foram apresentados pela consultora do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Maria Beatriz Diaz, durante palestra a empresários ligados ao APLA (Arranjo Produtivo local do Álcool), na tarde de hoje (20), no Anfiteatro do Centro Cívico. O encontro foi coordenado pelo secretário municipal da Indústria e Comércio, Luciano de Almeida, que aproveitou a oportunidade para falar sobre o projeto de exportação da Apex (Agência de Promoção de Exportação).
Das empresas ouvidas pela pesquisa, 95% estão localizadas em Piracicaba e têm, em média, 23 anos de existência. O questionário era composto por 500 perguntas, abordando temas como marketing, finanças, produção, mercado e qualidade. Citaram como pontos importantes para conquistar novos mercados, a qualidade do atendimento, tecnologia e preços competitivos.
De acordo com a consultora do Sebrae, o objetivo do diagnóstico é certificar a situação das empresas e capacitar para o setor atuar de forma competitiva no mercado. Maria Beatriz explicou que o estudo foi dividido em três partes: competências estratégicas, comportamentais e operacionais, englobando vários segmentos de atividade de gestão empresarial.
A pesquisa apontou que a maior dificuldade das empresas diagnosticadas se refere ao setor comportamental. “É necessário melhorar o relacionamento entre as empresas e seus fornecedores e mercado. Este aspecto pode ser melhorado através do APLA, que busca fomentar políticas para aumentar a competitividade, melhorar a qualificação de mão-de-obra e explorar o potencial do mercado nacional e internacional.
Maria Beatriz afirmou que, devido a projeção do setor sucroalcooleiro, as empresas do setor metal-mecânico devem se preparar e a apresentação do diagnóstico situacional é o primeiro passo. “As questões de finanças e contabilidade, marketing e produção têm que sofrer melhorias substanciais para evitar desperdícios e as empresas ficarem mais competitivas e eficientes”, reiterou.
Almeida explicou que o Projeto de Exportação com a Apex, é um convênio com o Ministério de Desenvolvimento, da Indústria e Comércio para divulgação do Arranjo Produtivo Local do Álcool, com o objetivo de conquistar novos países e mercado, ampliando as oportunidades de negócios para as indústrias da região. O convênio está em fase de promulgação e deve ser assinado ainda em outubro.
Almeida avaliou que o diagnóstico do Sebrae é importante por identificar quais são as prioridades que as empresas devem adotar para melhorar a produção, baixar custo, aumentar a qualidade e competir no mercado internacional.
Apla busca alternativas para melhorar a competitividade das indústrias
O Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla) visa, a partir do trabalho conjunto, alternativas da cadeia produtiva do setor sucroalcooleiro, possibilitando a diminuição dos custos de produção e o aumento da competitividade do álcool na região de Piracicaba, consolidando-se como referência em nível nacional e mundial.
Na região de Piracicaba, o Apla reúne destilarias, indústrias, instituições e centros de pesquisa. A realização é do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, governo do Estado e Prefeitura de Piracicaba.
São parceiros a Acipi, Aderp, Cena, Copervap, Grupo Cosan, CTC, Esalq, Fumep, Piracicaba 2010, Pólo Nacional de Biocombustíveis, Sistema Agroindustrial Integrado, Sebrae-SP, Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Senai, Simespi, Sindicato dos Metalúrgicos, Sindicato dos Químicos, Sindicato Rural Patronal, Sindicato Rural de Trabalhadores Rurais, Unimep, Usina Bom Retiro, Usina Pederneira, Usina Furlan, Usina Iracema, Usina Pilon e Usina São José.